Política e eleições: Os devaneios de Eduardo Leite (PSDB)

Política e eleições: Os devaneios de Eduardo Leite (PSDB)

Neste post, escrevi sobre A terceira via nas eleições presidenciais e os erros de Doria, no qual analisei alguns dos fatores que cercaram e frustraram os planos do ex-governador de São Paulo de se candidatar à Presidência da República em 2022 e do imbróglio vivido no PSDB.  

Acho importante avaliar também as ações de Eduardo Leite na época, que chegou a renunciar ao governo do Rio Grande do Sul para tentar disputar a corrida presidencial. Ele é mais um exemplo da crise entre os “caciques” do PSDB, como Aécio Neves, que ano a ano perdem a relevância no cenário político nacional. 
  

Por mais que ansiasse ser candidato à presidência, era evidente a fragilidade do seu plano pois, além de ter sido derrotado nas prévias do PSDB, Eduardo só tinha 46% de aprovação de seu governo e ainda precisaria superar o desconhecimento do seu nome pela maior parte dos brasileiros.   


Sua dificuldade pode ser comprovada na disputa à reeleição ao Governo do Estado no RS que está acirrada. Eduardo tem cerca de 32% das intenções de voto, segundo pesquisa IPEC, divulgada em 15 de agosto de 2022, contra 19% de Onyx Lorenzoni (PL), ou seja, vai ter segundo turno em terras gaúchas. Se não está indo tão bem nem no estado que governou, o que esperar de uma eleição nacional?

Tanto João Doria Jr. quanto Eduardo Leite são dois exemplos de políticos que querem construir carreira de forma meteórica, estrelas fugazes que ainda precisam se firmar no cenário político.

Restou ao PSDB indicar a senadora Mara Gabrilli para ser candidata à vice-presidente na chapa de Simone Tebet (MDB). 

Cabe acompanhar os próximos passos do PSDB, o futuro do partido e se a legenda conseguirá manter o controle político de São Paulo com a eleição de Rodrigo Garcia, que disputa em desvantagem a ida para o segundo turno com o ex-ministro bolsonarista Tarcisio de Freitas (Republicanos), já que Haddad (PT) parece já ter garantido seu lugar.

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