Municípios brasileiros não investem em obras de drenagem, que são essenciais para prevenção de enchentes

Municípios brasileiros não investem em obras de drenagem, que são essenciais para prevenção de enchentes

Segundo dados do SNIS, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, coletados em 2023 e referentes a 2022, 83,20% dos municípios no Brasil não possuem um plano diretor de DMA-PU, Drenagem e Manejo de Águas Pluviais. Quanto ao mapeamento de áreas de risco de inundação, apenas 30,2 % dos municípios brasileiros possuem tal levantamento.

Os números refletem a necessidade de se dar mais atenção à drenagem, atividade que compõe as medidas de saneamento básico. Planejamento e obras nessa área são fundamentais para prevenir a ocorrência de enchentes, como as que atingiram o Rio Grande do Sul. Especialistas alertam para o fato de que, apesar de essenciais, muitas vezes as obras de drenagem urbana, como as canalizações de córregos e rios, construção de galerias de águas pluviais, reservatórios de retenção assim como áreas reservadas para ocupação dos cursos d’água nos momentos de enchente são intervenções que não recebem a devida atenção da gestão pública. 

“A frequência com que nossas cidades têm sido atingidas por fenômenos climáticos extremos exige que a engenharia nacional reveja parâmetros tradicionais dos projetos das estruturas para drenagem e controle de enchentes. Com o aumento expressivo dos volumes pluviométricos, as constantes históricas precisam ser reavaliadas, assim como os períodos de retorno das chuvas para dimensionamento das obras de engenharia também exigem correção urgente!”, afirma Marco Botter, CEO da empresa Telar Engenharia.

Em São Paulo a Telar executou obras importantes, como as canalizações dos córregos Pirajuçara, Antonico, Aricanduva, Jaguaré, Saracura (sob Av. Nove de Julho) e Tiquatira, dentre muitas outras. Todas elas tiveram importância efetiva na redução de ocorrência de enchentes na capital paulista.

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