Ascensão do PT: cadê o mea culpa empresarial?

Ascensão do PT: cadê o mea culpa empresarial?

Tenho aproveitado este espaço para expor minha avaliação sobre algumas questões que chamam a minha atenção nas eleições de 2018, tendo em vista a avalanche de acontecimentos. Neste post, o objetivo é de comentar da iniciativa de vários empresários de “coagir” seus colaboradores quanto ao risco que seria a reeleição do PT (Haddad/Lula) em 2018 e no qual “sugerem” o voto em Jair Bolsonaro para presidente da república, ameaçando com fechamento da empresa, demissão dos colaboradores, que não vão cortar o 13º salário ou até mesmo oferecendo folga e um churrasco. Se, em um passado não muito distante, os políticos ofereciam dentadura ou uma consulta médica por um voto, agora chegamos ao auge do constrangimento e, o que é relevante, documentado em memorandos, vídeos ou e-mails. 

Mas, considero relevante registrar que muitos dos empresários que destilam ódio contra o PT (não sou a favor do partido, mas sou contrária à hipocrisia) poderiam ter parado a avanço da corrupção em 2006 (reeleição de Lula), em 2010 ou 2014 (anos da eleição de Dilma), quando os escândalos já estavam em todas as mídias e tribunais. Entretanto, continuaram ali abastecendo o partido, e também ao MDB e aos currais regionais eleitorais, com milhões em doações oficiais ou via Caixa 2. 


Este esquema foi alimentado com dinheiro de empresas que, hoje, esperam combater o ciclo corrupto ao apoiar um candidato, personificação do retrocesso, que não sabe falar se tem efetivamente um programa para o país e como pretende implementá-lo. Um candidato que repete declarações que remontam aos tempos do “caçador de marajás”, um outro capítulo ruim da história brasileira com Collor de Melo, um partido minúsculo e muitas palavras de ordem.

Se o PT, Lula ou Dilma tiveram milhões (ou R$ 1,4 bilhão somando-se a campanha de 2010 e 2014 segundo Palocci) para desviar e comprar políticos, conforme delações, provas e condenações, este valor não saiu do bolso da população e nem do meu. Então, a classe empresarial precisa fazer com urgência e persistência o seu mea culpa por sustentar durante anos, e enquanto foi conveniente, o PT no poder. Será que estariam tão revoltados se a economia continuasse em crescimento ou continuariam tapando o sol com a peneira dos lucros?

Compartilhar esse artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *