Ministro de Educação e mentiras no currículo
Se você pesquisar no Google, vai encontrar muitos posts que alertam para que o candidato não minta no currículo. Perguntas são feitas pelos recrutadores que permitem identificar as supervalorizações de habilidades e, até bem pouco tempo, era normal checar algumas referências em antigas empresas.
Agora, depois do Presidente da República Jair Bolsonaro destacar em um post no twitter o currículo do novo indicado para Carlos Alberto Decotelli para ministro da Educação, descobriu-se que sua trajetória acadêmica era composta de fake news do começo ao fim: suspeita de plágio no mestrado; título de doutorado que não foi obtido, pois a tese foi reprovada; e um pós-doc na Alemanha que não foi cursado. Assim, sendo Decotelli mente em torno da sua educação formal. O que ele faria se um reitor de uma universidade federal, por exemplo, fizesse o mesmo? Com que cara ele poderá dialogar com todos os interlocutores do ministério? O ministro não precisa ter um currículo “invejável”, mas mentir sobre sua carreira é ir contra tudo o que se espera de um candidato durante um processo seletivo. Quando uma pessoa se candidata a um cargo ou processo seletivo de pós-graduação em uma universidade precisa anexar os boletins de notas, os diplomas, os certificados – tudo com cópia autenticada.
Os militares que indicaram Decotelli estão com vergonha da situação, como se o país precisasse que tal indicação partisse deles. O Brasil tem milhares de professores e reitores das Universidades Federais e Estaduais, só para citar alguns exemplos, com condições de assumir o posto de Ministro da Educação. Bolsonaro pode teimar em manter a indicação de Decotelli, mas essa escolha, caso seja mantida, não deve terminar bem, pois um prédio que se ergue em bases frágeis pode ruir na primeira crise.
Aproveito e deixo os vídeos que publiquei no youtube sobre o tema:
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