15º FIT BH promove plantio de 300 mudas de árvores

15º FIT BH promove plantio de 300 mudas de árvores

Thiago Maia
plantio de mudas

Iniciativa, que aconteceu na quarta-feira (23/11), é fruto do compromisso de neutralizar a emissão de carbono gerado pelo festival. A área escolhida para receber as mudas é o talude do Córrego do Capão, próximo ao Centro Cultural Venda Nova, uma das regiões mais afetadas pelas enchentes

Além de toda a sua missão artística e cultural, o 15º FIT BH 2022 (Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte) reforçou os seus laços com a responsabilidade ambiental ao assumir o compromisso de neutralizar a emissão de carbono. Por isso, a Prefeitura de Belo Horizonte e o Instituto Odeon, em parceria com o Instituto do Espinhaço, realizaram na quarta-feira (23/11/2022), o plantio das 300 mudas de árvores em espaço de aproximadamente 4.500 metros quadrados no talude do Córrego do Capão, próximo ao Centro Cultural Venda Nova.

Esta iniciativa vem de acordo com o compromisso dos organizadores de neutralizar a emissão de carbono gerada na produção o festival. Isso significa que todas as emissões de gases de efeito estufa foram quantificadas e a organização se comprometeu a fazer a compensação ambiental. As principais fontes de emissões de carbono (CO2) do FIT BH estão no consumo de combustíveis fósseis utilizados em geradores de energia, preparo de alimentos, consumo de energia elétrica e, principalmente, no transporte de materiais e das pessoas. Após todos os cálculos de carbono gerado, é realizada a compensação na mesma proporção. Trata-se de uma forma prática e simples de tornar o FIT BH mais sustentável.

Thiago Maia
plantio de mudas

Para isso, os organizadores adquiriram o Selo Evento Neutro Azul pela Eccaplan Consultoria em Sustentabilidade. A escolha pela região que irá receber o plantio de árvores se deve a necessidade de cobertura vegetal no talude daquela região tão castigada pelas inúmeras enchentes. “O plantio as árvores no talude devem contribuir muito para infiltração da água, estabilizando o solo e evitando processos erosivos. As árvores nativas poderão ser habitat das aves na região e o reflorestamento provocará a melhora do micro clima da região”, explica Sérgio Neres, gerente de Comunicação do Instituto Espinhaço.

O Córrego do Capão tem 2,57 quilômetros de extensão, nasce no bairro Céu Azul e percorre os bairros Lagoa, Piratininga e Lagoinha, desaguando no Córrego Vilarinho, que foi transformado em avenida sanitária na década de 1970. Na Avenida Cristiano Machado, nas proximidades do Cristo Rei, o Córrego Vilarinho encontra com o Córrego Floresta, formando o Ribeirão do Izidora. Assim, o Córrego Capão é cabeceira do Ribeirão Izidora.

Diante da importância da região para a bacia hidrográfica do Ribeirão Onça, localizada na região mais populosa da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, nos munícipios de Belo Horizonte, Contagem e Sabará, o plantio das mudas irá contribuir de forma significativa para ampliar as áreas de drenagem natural.

Edição de 2022

O 15º FIT BH 2022 (Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte) foi marcado pelo reencontro de artistas e profissionais da cultura com o público, após o hiato imposto pela pandemia. De 5 a 11 de novembro, Belo Horizonte recebeu dezenas de atrizes, atores, grupos e companhias vindos de todas as regiões do Brasil, em mais de trinta espetáculos que formaram um panorama diverso e múltiplo da produção teatral brasileira.

Instituto Espinhaço

O Instituto Espinhaço, com mais de 30 anos de atuação, é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, e tem o propósito de trabalhar de forma ativa e permanente em favor da sociedade brasileira, contribuindo para a educação ambiental e ao fortalecimento de capacidades e a promoção de novas práticas para o desenvolvimento sustentável no meio rural e nas cidades.

Em 2004 foi promulgada, em Belo Horizonte, a lei municipal n°9000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, quando o município confere reconhecimento e legitimidade aos bens de natureza imaterial e promove a sua salvaguarda. Em outubro de 2014, o Conselho do Patrimônio Cultural de BH deliberou pelo registro, no Livro de Registro das Formas de Expressão, do Teatro de Palco, do Teatro de Rua e do Teatro de Bonecos de BH, por se tratar de manifestações culturais de relevante valor histórico, social e cultural para a cidade.

Histórico

Realizado pela primeira vez em 1994, o FIT BH alcançou, desde a primeira edição, uma excelente recepção junto à população belo-horizontina, indo ao encontro da forte vocação da cidade para o teatro de grupo e a experimentação artística. Sua importância para o cenário cultural da cidade foi reconhecida e, em 31 de janeiro de 2008, por meio da Lei 9.517, o festival foi instituído como evento oficial, passando a ser realizado bienalmente pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura. O Festival já trouxe a Belo Horizonte grupos e artistas de 45 países, contemplando produções de todos os continentes. Consolidado como um dos mais importantes festivais internacionais de teatro do país, valorizando a difusão, a formação, a reflexão e o intercâmbio culturais.

Em 29 de dezembro de 2004 foi sancionada a Lei 9.000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural do município. Em 28 de outubro de 2014, o Teatro e o Teatro de Rua de Belo Horizonte foram certificados com registro de proteção de Bem Cultural Imaterial, por se tratar de manifestações culturais de relevante valor histórico, social e cultural para a cidade, conforme inventariado no dossiê elaborado pela Diretoria de Patrimônio Cultural / Fundação Municipal de Cultura. Em 2022, após a não realização do FITBH em 2020, em razão da pandemia, o evento retorna ancorado e balizado por estes marcos legais valorizando e repercutindo o teatro produzido na região metropolitana de Belo Horizonte enaltecendo o seu papel enquanto patrimônio imaterial, trazendo a maioria dos espetáculos da programação geral como produções belo-horizontinas.

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